A informação causa bastante espanto na maioria das pessoas: a Terra não tem apenas uma lua, mas conta com várias. Isso não significa que tudo o que aprendemos na escola esteja completamente errado.
A lua que vemos todas as noites no céu é apenas o maior satélite natural em órbita ao redor de nosso planeta. No entanto, a gravidade da Terra é capaz de atrair centenas de asteroides, transformando-os no que a ciência chama de “mini luas”. Os objetos, no entanto, ficam próximos ao planeta apenas provisoriamente.
Os asteroides são de diversos tamanhos e estudos mostram que atualmente existem dois deles orbitando o planeta, um no tamanho aproximado de uma máquina de lavar louças e outro com mais de seis metros de diâmetro.
No entanto, de tempos em tempos, astrônomos conseguem observar a aproximação de asteroides com o tamanho comparado a enormes caminhões. Embora a Terra não tenha a gravidade tão forte quanto a de Júpiter, ela também é capaz de transformar estes enormes objetos em satélites naturais, sem qualquer risco de colisão.
É exatamente por este motivo que as mini luas atualmente são objetos de cobiça dos pesquisadores. O astrônomo Robert Jedicke, pesquisador da Universidade do Havaí defendeu esta semana em um encontro no Alabama a proposta de usar telescópios como caçadores destes objetos.
Para ele, com a captura dos asteroides seria possível ter acesso a informações preciosas sobre um dos maiores mistérios da humanidade. "É a pedra de Roseta do sistema solar. Trazer um pedaço de material que nunca foi processado através da atmosfera e que não está em solo terrestre pode significar uma riqueza enorme de informações sobre como o sistema solar se formou.”
No entanto, grande parte das mini luas são muito pequenas, tendo apenas um metro de diâmetro. Isso faz com que seja muito difícil identifica-las em órbita, mesmo com toda a tecnologia atual. Inclusive, a ciência conta com uma categoria para asteroides ainda menores que passam a orbitar a Terra. Eles são chamados de “quase-satélites” e não podem ser considerados como luas secundárias.
Mesmo com estas dificuldades, em entrevista ao Discovery News, o pesquisador da NASA Paul Chodas afirma em que os estudos podem se intensificar nos próximos anos. "Há um grande interesse em acompanhar esses objetos temporariamente capturado (TCOs), porque por um curto espaço de tempo eles são facilmente acessíveis tanto para o estudo científico e, eventualmente, para a utilização de seus recursos."
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