Os carros ecológicos têm se tornado cada vez mais comuns entre os modelos vendidos.
Motores elétricos ou que consomem menos combustível são algumas das alternativas mais frequentes encontradas pelas montadoras para estar em sintonia com soluções sustentáveis e que atendam os anseios dos consumidores.
Entretanto, alguns materiais usados na construção dos veículos são, no mínimo, inusitados. A Ford vem investindo em diversas matérias-primas diferenciadas, visando substituir o plástico e o uso de derivados do petróleo.
Itens como cana-de-açúcar, milho, retalhos de calças jeans e até cédulas de dinheiro são usadas na fabricação dos novos modelos de carros.
O Ford Fusion, revelado no Salão de Detroit, utiliza retalhos de calças jeans como material isolante para reduzir os ruídos da pista.
Já as cédulas de dólar que são retiradas de circulação são usadas pela empresa na confecção de estofados, isolamentos e outros componentes presentes nos veículos.
A adoção desses produtos é, em sua maioria, fruto de pesquisas do Biolaboratório da Ford, localizado em Michigan, nos Estados Unidos.
A meta da montadora é substituir os 136 kg de plástico usados na fabricação de um carro, economizando na produção e minimizando os danos ambientais.
Outros aspectos curiosos incluem a utilização de garrafas PET recicladas para a fabricação de carpete, forro de teto e mantas de proteção acústica. Já o estofamento dos carros produzidos na América do Norte é feito de espuma à base de soja.
Segundo a empresa, somente a espuma de soja, que hoje está presente em mais de 3 milhões de veículos, faz com que a Ford deixe de usar anualmente 1,8 mil tonelada de materiais derivados do petróleo e evite a emissão de 9,1 mil toneladas de dióxido de carbono. As pesquisas com materiais alternativos tiveram início no ano de 2000.