Wermeson Sousa
On segunda-feira, 20 de maio de 2013
Três funcionários de uma fábrica da Foxconn em Zhengzhou (China), cometeram suicídio em menos de três semanas, segundo a agência de notícias AFP.
O primeiro homem a falecer tinha 23 anos e pulou do dormitório no dia 24 de abril. Três dias depois, uma mulher, também de 23 anos, morreu ao saltar do sexto andar de um prédio. Na terça-feira passada, 13, outro homem de 30 anos pulou do telhado de um edifício.
A organização chinesa de defesa dos direitos trabalhistas China Labor Watch disse que os motivos dos suicídios não estão claros. No entanto, a ONG sugere que as rígidas regras da companhia, como não falar no local de trabalho, podem ser as causadoras.
Adequação
Desde 2010 a Foxconn passeia pelo noticiário graças às condições de trabalho oferecidas na China. Na sexta-feira passada, 17, a principal fornecedora de produtos da Apple disse que precisa de mais tempo para organizar a situação trabalhista.
A companhia afirmou que não há como reduzir a carga horária e cortar horas extras até o dia 1º de julho, prazo estipulado pela própria Apple após uma rodada de inspeções.
No ano passado, em resposta a inúmeros problemas trabalhistas com a fornecedora, a Apple encomendou investigações à Fair Labor Association (FLA) e descobriu que 98% das reclamações já haviam sido sanadas - o que inclui corte de horas trabalhadas e extras, melhora nas condições de saúde e segurança e mais participação do sindicato.
"Não podemos dizer agora quando poderemos cumprir com a meta", disse um porta-voz da companhia à Reuters. "Estamos tentando chegar a um calendário realista", finalizou.
Há certo desacordo por parte dos trabalhadores da fábrica - alguns são contra a redução das horas extras. Na China só se pode fazer 9 horas semanais a mais do que o tempo regular, mas alguns funcionários da Foxconn preferem trabalhar mais horas para ganhar mais dinheiro.
A Foxconn emprega 1,1 milhão de pessoas na China.
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