O relatório fiscal da Nokia para o primeiro trimestre de 2013 mostrou que os smartphones Lumia continuam puxando a companhia para frente. A linha de Windows Phone da companhia bateu recorde de vendas, despachando 5,6 milhões de unidades — em contraste com os 4,4 milhões registrados durante o último trimestre de 2012, que também representavam um crescimento.
A empresa destacou ainda que dois terços dos aparelhos despachados durante o primeiro trimestre são movidos a Windows Phone 8. Para efeitos de comparação, a companhia havia enviado globo afora apenas 2 milhões de Lumias durante o mesmo período do ano passado.
Mas os números totais também impressionam: até o dia 31 de março deste ano, a Nokia vendeu um total de 19,9 milhões de celulares da linha. Isso desde que o primeiro aparelho movido a Windows Phone deu as caras, em 2011 (Lumia 800).
Ademais, embora o balanço geral mostre perdas operacionais de US$ 196 milhões, trata-se ainda de um resultado bastante animador — considerando-se o rombo de US$ 1,31 bilhão registrado no mesmo período do ano passado.
Uma queda no mercado norte-americano
A despeito do bom desempenho do Lumia, os resultados para a América do Norte sofreram uma queda um tanto inesperada. O mercado respondeu por apenas 400 mil unidades, o que representa um declínio de 33% em relação ao mesmo período de 2012 — quando haviam sido despachadas 700 mil unidades.
Embora nenhum novo Lumia tenha sido anunciado para a região, vale lembrar que vazaram recentemente imagens do Lumia 928 associado à operadora Verizon. De fato, espera-se que a Nokia vá disponibilizar o modelo dentro de algumas semanas — o que certamente ajudaria a remediar os resultados relativamente baixos.
O abandono progressivo (e doloroso) do Symbian
O sorriso amarelo provocado pelos resultados na América do Norte certamente encontra um bom contrapeso na China — região em que os Lumias mais caros estão sendo vendidos particularmente bem.
Entretanto, conforme destacou o analista da Asymco, Horace Dediu, os lucros (relativamente baixos) em todos os mercados mostram claramente a posição delicada em que a Nokia se encontra. Trata-se, afinal, do processo lento e contínuo de substituição das linhas movidas a Symbian OS para as novas com o Windows Phone.
De acordo com Dediu, o crescimento dos Lumia movidos a WP não tem sido rápido o suficiente para ocupar o vácuo deixado pela queda vertiginosa do sistema operacional anterior. Para o analista, a solução deve necessariamente passar pela produção de Lumias de baixo custo — a fim de expandir os estratos consumidores.
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