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Há muitos anos me pergunto quem eu sou. Quanto mais me pergunto, menos sei quem sou. O que penso que sou não é o que sou.

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Wermeson Sousa On sábado, 20 de abril de 2013


Principal porta de entrada do Oriente, Hong Kong reúne tradição e modernidade no mesmo destino


Dizem que é em Hong Kong, uma Região Administrativa Especial da China, onde o “Ocidente encontra o Oriente”. Bastam algumas horas nessa espécie de Nova Iorque asiática para descobrir como os opostos se atraem (e se completam) naquelas terras tão distantes.

Centros financeiros movimentados que ficam a poucos minutos de vilarejos de pescadores que ainda levam a vida no mesmo ritmo de antes da chegada dos britânicos; lojas de eletrônicos que dividem o mesmo endereço com velhinhos que ainda se dedicam à arte de pintar ideogramas chineses; templos discretos que não se abalam com o movimento high tech que colore o cenário lá de fora; imensos conjuntos habitacionais que parecem engolir monastérios que descansam sob seus pés; e comidas servidas em recipientes de bambu que lembram vagamente o sabor plastificado dos restaurantes fast food.

É impossível não ficar fascinado diante de todas as possibilidades existentes em 
Hong Kong, a principal porta de entrada ao Oriente. Títulos não faltam a esse destino asiático que, há pouco mais de uma década, em 1997, era devolvido à China, após 99 anos sob a administração do Império Britânico.

É considerada uma das regiões mais densamente populosas do mundo (em 2009, a população já passava de 7 milhões); possui uma das economias mais agressivas e influentes da Ásia, o que lhe garantiu o título de “tigre asiático” ao lado de Cingapura, Taiwan e Coreia do Sul; é um dos principais produtores e exportadores da indústria cinematográfica; abriga, duas vezes por ano, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo; e possui 
um dos sistemas ferroviários mais seguros em todo o planeta.

Ao setor turístico, cujos visitantes ultrapassaram a cifra dos 36 milhões em 2010, tampouco faltam exemplos.

Hong Kong tem um teleférico com 5,7 km de extensão, considerado o mais extenso de todo o sudeste asiático; é dona da primeira calçada da fama da Ásia, a “Avenida das Estrelas”; abriga a mais longa escada coberta do mundo, com 800 metros de comprimento que são percorridos em 20 minutos; diariamente, 44 edifícios se acendem e protagonizam um espetáculo considerado pelo Guinness o “Maior Evento Permanente de Luz e Som”; e se orgulha de ter uma estátua de bronze gigante do Buda com 26 metros de altura, a maior do mundo em seu gênero.

O sistema de transporte em toda a região é um capítulo à parte que, sem exageros, pode ser considerado também um atrativo turístico. Trens que conectam as ilhas por túneis que passam sob as águas salgadas do Victoria Harbour, aeroporto ligado ao centro financeiro em apenas 24 minutos, coloridos bondes centenários que percorrem a área desde 1904 (e ainda dão um certo ar nostálgico ao destino) e barcos que cruzam a baía local 24 horas por dia.

Desde cedo, Hong Kong aprendeu a dividir seu território com visitantes estrangeiros. E talvez esta tenha sido a melhor estratégia adotada por essa antiga colônia britânica antes de se tornar um das regiões mais desenvolvidas da Ásia. Portugueses, britânicos e japoneses foram as nacionalidades mais marcantes naquelas terras localizad
as na costa sudeste da China. O resultado desse encontro de povos pode ser visto não só nas calçadas dos centros mais turísticos, como também sobre a mesa.

Hong Kong tem perfil internacional e por isso não devem faltar opções que agradem desde os comensais mais arrojados até os estômagos mais sensíveis. Comida europeia, mediterrânea, asiática e vegetariana são alguns dos sabores que transformaram Hong Kong em uma das capitais culinárias da Ásia.

É em Hong Kong onde se encontra não só o Ocidente, mas todo o resto do mundo.