Wermeson Sousa
On domingo, 11 de novembro de 2012
Como seria a vida sem o café? Em um mundo que consome diariamente quase 1,6 bilhão de copos do alcaloide mais famoso do planeta, uma nova prospecção pode causar nervosismo na população.
Um estudo conduzido pelo Royal Botanic Gardens, em Londres (Inglaterra), aponta que a variação das condições climáticas planetárias pode estar ameaçando seriamente várias espécies de café.
De acordo com a mesma pesquisa, a variedade Arábica, a mais consumida por nós, tem sérias chances de entrar em extinção até meados do ano 2080. Mas, como alertamos no título, não precisamos criar pânico.
Os estudos são relacionados diretamente aos cafeeiros (ou “cafezeiros”) selvagens, isto é, as plantas nativas que nascem por ação natural em seus habitats originais.
As plantas utilizadas para colher os grãos do café nosso de cada dia são “sobrinhos e primos” dessas variedades selvagens ou, por assim dizer, de variedades “domesticadas” dessas plantas.
No entanto, a questão de extinção ainda pode persistir mesmo para os pés de café cultivados por agricultores.
Risco real
A diminuição das variedades selvagens dos cafezeiros contribui para uma menor variedade genética das plantas. Isso possibilita que novas pragas mais resistentes possam atentar contra a qualidade do café, fazendo com que a Arábica — que é extremamente suscetível à variação brusca de temperatura — acabe desaparecendo.
Aaron Davis, o cientista responsável pela condução do estudo, afirma que a história da Arábica é pontuada por problemas como pestes, doenças e problemas seríssimos de produtividade.
“Para contornar essas dificuldades, os engenheiros genéticos e os agricultores sempre recorreram aos recursos encontrados nas variedades nativas dessa espécie”, explica Davis.
Portanto, é melhor apreciar com muita parcimônia cada golinho do café que tomamos todos os dias de manhã, pois cada dia pode ser o último. Aproveite!
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