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Há muitos anos me pergunto quem eu sou. Quanto mais me pergunto, menos sei quem sou. O que penso que sou não é o que sou.

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Wermeson Sousa On terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os hacktivistas do Anonymous querem inciar uma série de protestos ao redor do globo contra o programa de monitoramento governamental TrapWire, criado por ex-agentes de órgãos como CIA e Pentágono e recentemente exposto em vazamentos do Wikileaks.

 O TrapWire, criado pela empresa Abraxas, estaria usando câmeras de rua, equipadas com um software de reconhecimento facial, para colher dados privados de habitantes de cidades nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra.

 O objetivo seria criar uma ferramenta 'contra-terrorista', que por meio da análise comportamental de indivíduos e grupos poderia prever ataques inimigos e identificar rapidamente os autores.

O projeto não era secreto, mas tinha sido pouco divulgado na imprensa até que apareceu novamente citado em uma troca de e-mails do presidente da firma de segurança global Stratfor, Fred Burton, divulgados pelo Wikileaks.

 Os dados totalizam 200 gigabytes e foram roubados pelo próprio Anonymous no final do ano passado, na chamada operação AntiSec, que invadiu servidores governamentais em todo o mundo.

As informações colhidas nos pontos de monitoramento do TrapWire – nas cidades de Nova York, Washington D.C, Seattle, Los Angeles, Londres e Ottawa - seriam enviadas em tempo quase real para uma central, que criptografava o seu conteúdo e agregava as descobertas aos arquivos de órgãos governamentais de defesa.

 Tudo isso sem avisar os cidadãos norte-americanos, canadenses e britânicos, que em sua maioria não sabiam que faziam parte de uma grande teia global de inteligência.

Para entender melhor, veja o vídeo produzido pelo Anonymous: