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Há muitos anos me pergunto quem eu sou. Quanto mais me pergunto, menos sei quem sou. O que penso que sou não é o que sou.

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Wermeson Sousa On sábado, 15 de junho de 2013

Há alguns anos, a Nintendo era indiscutivelmente a líder do mercado de games portáteis com versões dos aparelhos GameBoy, DS e 3DS. Mas a folga acabou: hoje em dia, smartphones contam com poder gráfico impressionante, uma vasta biblioteca de títulos e preços acessíveis, assustando a companhia japonesa.

Ainda assim, ela não reage – e não deve entrar na onda dos dispositivos móveis tão cedo. Em entrevista ao The Wall Street Journal, o presidente da Nintendo, Satoru Iwata, explica que o que mantém a empresa viva são os produtos exclusivos, as franquias únicas e que podem ser jogadas apenas nos aparelhos da companhia.


Fidelidade acima de tudo


Segundo ele, é isso que mantém a Nintendo viva até hoje no mercado – e que, apesar de parecer loucura recusar a entrada no mercado de tablets e smartphones, só daqui a 20 anos é que os fãs perceberão essa estratégia.
Por que a Nintendo não lança games para tablets e smartphones?
Ele ainda avaliou a própria administração como líder da companhia. "Se você quer lucrar em curto prazo com o preço das ações, então eu sou um presidente muito ruim. Mas não acho que fui mal ao maximizar o valor em longo prazo da Nintendo", explica Iwata.

Em outras palavras, entrar no mercado de tablet e smartphones seria benéfico para a Nintendo se recuperar do prejuízo rápido, mas isso não garantiria estabilidade, prejudicaria a imagem da empresa com seus fãs mais fiéis e, na pior das hipóteses, poderia significar a ruína da centenária companhia.